Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.
julho 9, 2023
por Engenhos de Historias

Em meados do século XIX a Estrada de Ferro Dom Pedro II necessitava de terreno para a ampliação e construção de suas Oficinas. O local escolhido foi uma parte da antiga fazenda do Engenho de Dentro, na freguesia de São Tiago de Inhaúma, pertencente ao casal D. Thereza Carneiro e o Dr. Francisco Fernandes Padilha. A venda foi feita em 10 de setembro de 1869, em escritura realizada no Ofício de Notas, sendo representante comprador o Diretor da EFDPII, o Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage.

Erguidas entre as propriedades do dito casal e de José Moutinho dos Reis, as obras se iniciaram logo após da compra dos terrenos, sendo as Oficinas inauguradas em 1871 para atender a quatro mil quilômetros de vias, setecentas locomotivas e cinco mil carros de passageiros e vagões. Dez anos depois, compreendendo uma área coberta de 12.825 m2, sob comando de Carlos Conrado Niemayer, a rede de Oficinas  da Companhia Estrada de Ferro Dom Pedro II do Engenho de Dentro chegou a ser considerada a mais importante rede de oficinas da América Latina, servindo também a outros estados. Nesta mesma época foram construídas escolas para os filhos dos operários.

Em 1897, para suprir a falta de mão de obra qualificada, foi criada a Escola Prática de Aprendizes nas dependências das Oficinas que deu origem a Escola Silva Freire, nomeada assim em homenagem ao diretor. Em 1998, pelo decreto N. 24.666 de setembro de 1998, o governo do Estado do Rio de Janeiro nomeou a escola como Escola Técnica Estadual de Transportes Silva Freire. 

As oficinas incluíam seções de fundição de ferro e de bronze, caldeiraria, equipes de torneiros, ajustadores, carpintaria, pintura e montagem. Fazia-se trabalho rotineiro de manutenção, montagem de locomotivas, carros de passageiros e vagões. Além disso, fabricava-se estruturas metálicas de pontes, coberturas de ofícios e ferramentas. 

Durante a Revolta da Armada, em 1893 montaram-se nas dependências caminhões, fabricados projéteis e outros materiais bélicos para o Governo. No início do século XX também atuavam na manutenção de bondes. Em 1943, se adaptou na construção e manutenção de locomotivas diesel elétricas.

Em 1984 foi fundado no prédio administrativo o Museu do Trem. Na década de 2000 grande parte da estrutura foi demolida para a construção do Estádio Olímpico João Havelange (hoje oficialmente conhecido como Estádio Olímpico Nilton Santos) para o Jogos Pan-Americanos de 2007. Além do Museu do Trem, outros poucos pavimentos foram ressignificados, dando origem a um espaço de lazer e esportes para a população local, gerando uma área de convivência conhecida como Praça do Trem, com mais de 40 mil metros quadrados.

Referências:

https://aenfer.com.br/2014/06/22/historias-do-engenho-de-dentro-antigas-oficinas-de-trem-vao-ganhar-vida-nova/

RODRIGUEZ, Helio Suevo. “A formação das estradas de ferro no Rio de Janeiro. O resgate de sua memória”. Rio de Janeiro: Memória do Trem, 2004.

Entre a Rua José dos Reis e a Rua Archias Cordeiro
Aberto todos os dias.
Compartilhar
Considerada como uma das estações de trem mais bonitas do Rio de Janeiro, a estação de Marechal tem sua arquitetura de estilo eclético e foi inspir...
Localizado na Avenida General Osvaldo Cordeiro de Frias, 511, em Marechal Hermes, o Teatro Armando Gonzaga foi inaugurado em 19 de abril de 1954, p...
Fundada em 29 de junho de 1920, pelo Cardeal Arcoverde, a Paróquia Nossa Senhora das Graças está localizada no bairro de Marechal Hermes, no Rio de...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support