Criado em 2001, o Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana rompe os muros do Instituto Municipal Nise da Silveira anualmente para resgatar o carnaval de rua do tradicional e histórico bairro do Engenho de Dentro, reunindo usuários do Instituto, familiares e funcionários, além dos moradores do bairro e adjacências, acompanhado da bateria “A Ensandecida”, formada por alunos da Oficina de Percussão e amigos. O Bloco também recebe convites para apresentações e desfiles pela cidade.
O objetivo principal do bloco é trabalhar o processo de desconstrução do modelo asilar do Instituto Municipal Nise da Silveira. Ao desfilar nas ruas, criou um movimento de integração com a comunidade, tendo como motivação a maior festa popular brasileira. Desde então, abre o carnaval do bairro desfilando na primeira quinta-feira antes do carnaval arrastando foliões e contribuindo para transformar o preconceito contra a loucura em admiração, respeito e desejo de integrar-se.
Em 2010 constituiu-se no primeiro Ponto de Cultura em saúde mental da cidade do Rio de Janeiro, com apoio da SEC/RJ (Ponto de Cultura Loucura Suburbana: Engenho, Arte e Folia), passando a oferecer atividades permanentes, gratuitas e abertas à população, resgatando a memória do samba, do carnaval e da cidadania e incorporando a cultura aos dispositivos de saúde mental e a população ao criativo e inovador mundo da loucura.
Funciona em instalações do Instituto Municipal Nise da Silveira, na rua Ramiro Magalhães, 521 no Engenho de Dentro. Dispõe ainda da Sala D. Ivone Lara, para espetáculos, de sala de dança, de oficinas musicais, ateliê de fantasias, da Encantarte Editora e o Barracão de Fantasias, que recebe doações de materiais diversos desde a fundação do Bloco. Estas fantasias são emprestadas para os foliões nos dias de desfile.
O bloco é mantido por editais públicos , doações e campanhas junto à iniciativa privada. Durante a pandemia, o Bloco não desfilou, mas realizou lives e oficinas virtuais que podem ser acessadas através de suas redes sociais.