No alto de um monte localizado no Largo da Penha, n. 19, com vista privilegiada da cidade do Rio de Janeiro, está edificada a Basílica de Nossa Senhora da Penha onde se destinam milhares de peregrinos vindos de todo o Brasil.
Por volta de 1635, a localidade fazia parte da Fazenda Grande ou de Nossa Senhora da Ajuda, na freguesia de Irajá, cujo proprietário era o Capitão Baltazar de Abreu Cardoso. Um dia ao subir o penhasco de suas terras para ver as plantações, foi atacado por uma enorme serpente. Baltazar, que era devoto de Nossa Senhora, rogou a Virgem que imediatamente teria enviado um lagarto para devorar a serpente. Durante a “briga” entre os animais, o proprietário fugiu. Mas ao se acalmar, deduziu que a ação foi proteção da
Virgem Maria, que lhe acudiu quando orou. Em agradecimento, o Capitão ergueu uma capela no alto do monte para ela. Com o passar do tempo, familiares, amigos e moradores locais que viam de longe a capela erguida, passaram a subir a grande pedra para orar e agradecer a Virgem do alto do Penhasco – da Penha. Assim passaram a chamar de Nossa Senhora da Penha.
Com a popularidade, o capitão doou a localidade à irmandade de Nossa Senhora da Penha de França, em 1728. Uma nova capela foi erguida, com uma torre para dois pequenos sinos. Em 1819, foi esculpida no próprio granito do penhasco a escadaria, como cumprimento a uma promessa feita por D. Maria Barbosa. A mulher pediu à Nossa Senhora que intercedesse à Deus para que ela conseguisse engravidar, e a graça lhe foi concedida. Desta forma, 382 degraus foram talhados na própria pedra, mais ainda do que o número de dias do ano. Para aqueles que não desejam subir ou descer a pé foi inaugurado um novo bondinho em 2003, o qual tem capacidade para transportar até 500 pessoas por hora.
Em 1870, um templo ainda maior foi construído e 30 anos depois foi ampliado ganhando duas novas torres, nas quais, mais tarde, foi instalado um carrilhão com 18 sinos de origem portuguesa, adquiridos na Exposição Nacional do 1o Centenário da Independência do Brasil. Este Carrilhão foi inaugurado em 27 de setembro de 1925, com a bênção do então Núncio Apostólico no Brasil, Cardeal Dom Henrique Gasparri.
No dia 16 de junho de 1935, por decreto do Papa Pio XI, a Igreja de Nossa Senhora da Penha foi agregada à Sacrossanta e Patriarcal Basílica de Santa Maria Maior de Roma. No dia 15 de setembro de 1966, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro, elevou o templo sagrado de Nossa Senhora da Penha à categoria de Santuário Perpétuo. No dia 31 de maio de 1981, o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, atendendo aos desejos de Sua Santidade o Papa João Paulo II, elevou o Santuário de Nossa Senhora da Penha à categoria de Santuário Arquidiocesano Mariano.
No dia 16 de junho de 2016, o Papa Francisco, atendendo aos pedidos do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, elevou o Santuário Arquidiocesano Mariano de Nossa Senhora da Penha à categoria de Basílica Menor.
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A basílica possui estilo eclético, com predominância dos estilos neoclássico e neogótico, com fachada simétrica, frontão com função decorativa, típico da arquitetura religiosa do século XVII e varandas laterais. Em seu pátio encontra-se mais uma igreja e uma loja com artigos religiosos, além de uma concha acústica, inaugurada na Festa da Penha 2004, com capacidade para 30.000 pessoas e um amplo estacionamento para os fiéis que desejarem ir de carro ou em ônibus de caravana. Destacam-se também a Sala dos
Milagres, o Museu da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França e a Exposição de quadros de Nossa Senhora, abertos em todos os domingos de festa e com entrada franca.
O dia de Nossa Senhora da Penha é 8 de setembro, massua festa é celebrada nos domingos de outubro e no feriado do dia 12 de Outubro, das 6 às 20h, com feiras e missas que lotam com devotos de todos os lugares.
