Localizado no coração da zona norte, o Centro Cultural João Nogueira foi inaugurado em 2002. Porém sua história é bem anterior sendo iniciada no ano de 1954, quando o cinema “Cine Imperator” foi aberto. Na época possuía 2400 lugares e foi considerado o maior cinema da América Latina. Sua entrada era ponto de encontro de uma juventude dita rebelde, com suas motos e calças rasgadas. Na década de 80, sentiu a concorrência com o surgimento dos cinemas em shoppings centers tendo prejuízos financeiros que ocasionaram seu fechamento ainda em 1986.
Em 1991, o prédio foi reaberto como casa de espetáculos, mantendo seu o nome. Recebeu artistas nacionais e internacionalmente conhecidos, como Tom Jobim, Caetano Veloso, Tina Turner e Bob Dylan, dentre outros, sendo por isso procurada por moradores de todo o Rio de Janeiro. Em 1995, fechou mais uma vez, reabrindo após um ano com o majestoso show de Roberto Carlos. Para equilibrar as despesas financeiras, a casa também passou a realizar matinês comandadas por Djs do funk carioca. Mas nem assim conseguiu se manter, fechando mais uma vez.
Entre 2002 e 2009 algumas ações do governo do estado foram sendo paulatinamente realizadas, com a promessa de implantação de um centro cultural que contaria com cinema, teatro e cyber café. Em 2009, a então governadora Rosinha Garotinho assinou o decreto do que seria o Centro Cultural Casa de Samba com espaços destinados ao gênero musical, além de cinema, música e escola de circo. O decreto de também previa biblioteca, palco para shows de lançamento de CDs.
Em 2011, o governo estadual cedeu o terreno à prefeitura do Rio de Janeiro que deu início no mesmo ano às obras de transformação do espaço em Centro Cultural João Nogueira, homenageando o músico nascido e criado no Méier. João era integrante da ala de compositores da Portela e fundador do bloco Clube do Samba, que ajudou a revitalizar o carnaval de rua carioca. A concessão teria o prazo de dez anos.
Finalmente o centro cultural foi reinaugurado em 12 de junho de 2012 com um show de Diogo Nogueira, filho de João. Cerca de dois anos depois atingiu o número de 1 milhão de visitantes e recebeu mais de 100 diferentes atrações, reunidas nos mais diversos segmentos artísticos como teatro, musicais, shows nacionais e internacionais, concertos, cinema, exposições, entre outros.
Atualmente o Imperator está vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. É dividido em 4 pavimentos, com teatro de arquibancadas retráteis, 3 salas de Cinema, sala de Dança, Bistrô e um terraço com 1.200m2 com área verde e de convivência. No primeiro pavimento há uma exposição permanente com objetos que pertenceram a João Nogueira. O Centro Cultural é considerado o mais importante centro de artes da Zona Norte do RJ.