Por Monica Araújo – COLETIVO ENGENHOS DE HISTÓRIAS
Decreto de Tombamento Municipal nº 9414 de 21 de junho de 1990. 8º CRE
Escola Municipal Getúlio Vargas faz parte do Plano diretor de edificações escolares realizado no governo de Pedro Ernesto (1931-1936). Na época, era Secretário de Educação Anísio Teixeira, que renovou as ideias na educação, como: escola progressista, ensino primário gratuito que colocasse a escola ao alcance de todos.
Nessa época os prédios escolares eram impróprios ou inadequados para a utilização de escolas.
A escola é tipo Platoon (pelotões em inglês), possuía 25 salas: salas comuns, salas especiais para recreação, jogos, Música, Ciências, Desenho e Artes Industriais, biblioteca, auditório, atendimento médico.
O tipo Platoon foi inspirado nas escolas que Anísio Teixeira visitou nos Estados Unidos, de 1927 a 1929. Os alunos se deslocavam pelas diversas salas de aula onde assistiam as aulas das diversas disciplinas. A arquitetura do prédio utiliza basicamente o ferro, vidro e concreto, superfícies lisas, com basculantes, usou-se poucos materiais tradicionais, como pedra e madeira. Essa arquitetura foi influenciada pela fase inicial do modernismo. A escola possui amplos corredores com as salas de aula de ambos os lados, há duas largas escadas, há o uso de cobogós no final dos corredores e escada do fundo para aumentar a circulação de ar, ajudar na iluminação indireta. A escola possui um amplo terreno nos fundos, onde foi construída uma quadra de esportes e um espaço para jogos.
A Escola tinha anteriormente o nome de Escola Bahia, mas o Departamento de Educação do Distrito Federal mudou seu nome para Escola Getúlio Vargas, em 22/06/1935. O próprio Presidente da República, Getúlio Vargas esteve na inauguração junto com o Prefeito Pedro Ernesto. Em 1994, a escola sofreu um incêndio e parte da documentação perdeu-se.
O projeto foi do arquiteto Enéas Silva, é similar ao da Escola Municipal Argentina (em Vila Isabel).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CHIAVARI, Maria Pace. Rio de Janeiro: preservação e modernidade. Rio de Janeiro: Sextante, 1998.
HIRSCHFELD, Mariza Werneck (org.). Guia de Escolas de Anísio Teixeira. CREP-RJ: PCRJ, 2006.
HIRSCHFELD, Mariza Werneck (org.). Guia das Escolas Tombadas da PCRJ. CREP-RJ, 2007.
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