Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.
agosto 20, 2022
por Engenhos de Historias

Quintino Antônio Ferreira de Sousa, conhecido como Quintino Bocaiuva, adotou o nome Bocaiuva (que significa duas espécies nativas de palmeira) para afirmar o nativismo. Foi jornalista e político importante no processo da Proclamação da República.

Quintino nasceu em 04 de dezembro de 1836, no município de Itaguaí. Aos 14 anos foi ganhar a vida em São Paulo, trabalhando como revisor e tipógrafo. Seu sonho era cursar direito, mas desistiu por não ter dinheiro. Com isso, iniciou a carreira de jornalista no jornal Acaiaba, época na qual adotou o nome Bocaiuva.

Retornou ao Rio e trabalhou no jornal Diário do Rio de Janeiro e Correio Mercantil. Defensor dos ideais republicanos, foi redator do Manifesto Republicano e escreveu brevemente no periódico A República. Ele fundou o jornal O Globo (que não tem relação com o atual) e o jornal O Paiz. Por sua atuação na imprensa foi apelidado como “príncipe dos jornalistas brasileiros”.

Participou do governo provisório, foi ministro de relações exteriores, senador e governador do Rio. Tinha forte relação com a ala militar e por isso apoiou a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca à presidência da República, que venceu em 1910. No mesmo ano, Quintino ocupou a presidência do Partido Republicano Conservador.

Quintino também foi maçom e chegou a ser Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil, posto mais elevado na hierarquia da ordem. Ele era contrário às ideias positivistas e foi o único civil a cavalgar, ao lado de Benjamin Constant e do Marechal Deodoro da Fonseca, com as tropas que se dirigiram ao quartel-general do exército brasileiro durante a proclamação da República.

Morreu aos 75 anos, em 11 de junho de 1912, em sua residência. A região se chamava Estação Cupertino de Trens. Para homenageá-lo, a estação recebeu seu nome, também dando nome ao bairro. Quintino foi casado duas vezes e teve 15 filhos. A sua casa está localizada na Rua Goiás, perto da descida do viaduto do bairro. Em 2009, houve uma indicação legislativa com o intuito de se realizar o tombamento histórico estadual do imóvel. Mas até agora encontra-se abandonada.

Texto escrito por Felipe Migliani (repórter e jornalista investigativo, com matérias publicadas no jornal Meia Hora e no Estadão. Também é integrante do coletivo Engenhos de Histórias).

Compartilhar

Mais Matérias ,

Na então famosa Rua Augusto de Vasconcelos, mais precisamente em frente ao número 139, no bairro de Campo Grande, em um ponto estratégico e bem mov...
Chamado por muitos de “Mercadão”, como em Madureira, o Mercado São Brás, com sua antiga grafia, provavelmente fazendo alusão ao Bispo católico que ...
Construído em concreto armado, detendo uma planta retangular composta por duas câmaras de 8.000m, sendo bem iluminado e ventilado em todo seu perím...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support